sábado, 26 de janeiro de 2013

Silêncio Mental...


"Se você acha que as grandes cidades são caóticas, violentas e barulhentas, talvez nunca tenha parado por 1 minuto em silêncio para ouvir o que se passa na sua mente.

Faça uma breve experiência, fique 1 minuto contado no relógio completamente imóvel e em silêncio.

Reparou na extrema dificuldade que teve?

Seus pensamentos tentaram sequestrar sua atenção para lugares longínquos. Você fica ouvindo uma voz interna dizendo que havia algo urgente para resolver. Além disso, algum sentimento perturbador ou inquietante teimava em fazer seus dedos das mãos e dos pés se mexerem.

É nesse ambiente de barulheira mental que você tenta estudar, trabalhar, amar e ser feliz.

Todas as suas fichas emocionais estão depositadas num lugar sujo, confuso, agitado e caótico. O seu bem-estar está aprisionado numa cela cheia de pinduricalhos completamente inúteis. Ali estão pregados os pensamentos mais pobres e cheios de lugares-comuns que conduzem uma vida para algo insatisfatório e desnorteado.

Uma conversa não é uma troca clara de informações em que trafegam dois mundos que se tocam. Na maior parte as falas são emitidas desse lugar cheio de eco egocêntrico onde só se ouve a voz da “minha opinião”. Conversa mesmo não existe, pois ao menor indício de discordância o ruído aumenta e o confronto é travado. Boa conversa só acontece enquanto há submissão de uma vontade pela outra. Isso quando as ideias são ouvidas do começo ao fim. Mal terminamos de falar e somos interrompidos por alguém que pretende saber mais sobre a nossa vida que nós mesmos.

Nesse céu nublado é que transitam as emoções que supostamente dão combustível para as nossas ações. Turvas, fechadas e instáveis, é assim que queremos conduzir nossos melhores dias? Essa é a paisagem sutil na qual alimentaremos os nossos projetos mais preciosos?

Ouse apenas relaxar. Não precisa ir nas Bahamas, Fernando de Noronha ou nas Ilhas gregas. Silencie por algum tempo e se desprenda daquela necessidade pulsante de fazer, realizar ou resolver tudo. Apenas silencie.

Respire fundo se isso ajudar, deixe-se derreter nessa nova experiência, mas apenas se permita descansar de si mesmo.

Cinco ou dez minutos de desobrigações de salvar o mundo, viver um grande amor ou ser incrivelmente feliz. Ali, nesse templo interior basta repousar a mente do desejo por resultados. Se algo tentar se pendurar nos seus ombros mentais saia de canto, sem esforço, e siga no repouso. Não brigue com seus pensamentos ou degladie com o comichão do nariz, apenas solte a si mesmo do anseio de chegar em algum lugar.

Agora isso se parece um pouco mais com um lugar aconchegante para levar uma vida feliz."


Fred.

Texto tão lúcido e tão necessário para minha vida, extraído DAQUI

Silenciar a mente, é essencial para prosseguir!



terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Mitos sobre relacionamentos amorosos.



Mito 1 – Perfeição

Tenho uma séria dificuldade de falar sobre perfeição, pois não consigo entender de onde vem essa ideia e para onde ela caminha.

Alguns similares me parecem pouco compreensíveis como “sem rachaduras”, “sem falhas”, “incrível”, “maravilhoso”, “completo”, “pleno”, “preenchido”.

Essas ideias são improváveis num relacionamento, porque são impalpáveis na vida. O que seria algo que se mostra completo, inabalável, sem imprevistos, impasses, oscilações ou descompassos? Algo imóvel, sem vida.

O corpo humano mostra o que podemos entender por perfeito, um organismo vivo, mutável, volúvel, cíclico, faltante, processual, alimentável, que excreta excessos, administra ataques externos, se recompõe, mas que fatalmente entra em estado de decrepitude e falência. Algo perfeito é também aquilo que possui prazo, ainda que não determinado. A perfeição enquanto algo intocável ou sem variações pode ser asfixiante.

Um relacionamento necessita contemplar uma dose de frustração, fracasso, desilusão e variação. É totalmente aceitável que as pessoas quebrem expectativas, sonhos e fantasias, afinal nossos desejos e sentimentos são mutantes e não definitivos.

Esse mito é causador de brigas muito comuns em que de alguma forma um dos dois deixou de satisfazer as fantasias do outro e uerer que um relacionamento seja perfeito seria admitir que seu próprio mundo emocional é estático e sem criatividade.

É fácil olhar para o casal de amigos e dizer que é perfeito por conta de meia dúzia de sorrisos e beijos apaixonados. Não se preocupe, eles pensam o mesmo do casal ao lado.


Mito 2 – Completude

A velha ideia de metade da laranja, a tampa da panela ou do sapato velho com o pé cansado são manifestações populares do mito que existiria uma pessoa que viesse completar plenamente todas as nossas lacunas, faltas e anseios emocionais.

O sentimento de uma incompletude psicológica que pudesse ser preenchida por um parceiro amoroso esbarra no mito anterior, de que a vida pode ser um jogo com encaixe perfeito. E que alguém pode compensar nossas inabilidades com suas competências pessoais.

O plausível é que possa haver um tipo de parceria e complementaridade pessoal no relacionamento. Soma de forças e talentos pessoais em que cada parte se assuma incompleta ao lado de outra incompletude sem expectativas e decepções.

Saber que a incompletude faz parte da experiência amorosa evita acusações quando ainda se sente vazio e insatisfeito mesmo com um relacionamento.

Mito 3 – Eternidade

Quando uma mulher conhece um homem ela começa a fazer uma série de cálculos emocionais. “Será que ele é serio?”, “tem filhos?”, “a mãe dele é legal?”, “tem os mesmos gostos que eu?”, “será um bom pai?”.

A ideia de eternidade está embutida na mente feminina, em que cada tentativa amorosa é reacendida uma esperança com relação a um homem que nunca mais a exponha ao medo da solidão. “Jamais me sentirei sozinha e faltante novamente”.

Mais uma vez a ideia de perfeição e completude se associam ao tempo que nunca se acaba.

A possibilidade de um fim de ciclo no relacionamento não é o atestado de pessimismo ou declaração de que algo não é sério, mas só um treino mental que abra um espaço de liberdade emocional para que o relacionamento caminhe em moldes mais amplos e sem deduções sobre um futuro imaginário que afete o presente.


Mito 4 – Espontaneidade

O amor deve acontecer naturalmente, sem nenhum tipo de esforço, totalmente espontâneo. Esse é o mito.

Sentimentos podem parecer espontâneos, mas não são e dependem de tantos fatores e variáveis.

Um relacionamento amoroso também deve ser esculpido pelo casal, como nas mãos de um artesão. E se o relacionamento se dispõe a ser duradouro e sólido carece de um olhar atento e cuidadoso.

Administrar os impasses de uma vontade individual demanda trabalho e clareza, e ainda maior quando associado ao contexto de duas pessoas com condicionamentos, crenças, modelos mentais, posições e jogos próprios.


Mito 5 – Primeira vista

Tudo deve ser definido no primeiro olhar, encontro, mês ou ano da relação. O imediatismo mágico só acontece em filmes. Um relacionamento amoroso pode surgir de contextos tão diferentes e imprevisíveis que jamais podemos calcular.

Amigos de anos podem se perceber gostando além da amizade. Colegas de trabalho que apenas resolviam problemas técnicos percebem outro tipo de relação. Casais legítimos (e também incompletos) surgem de relacionamentos incialmente confusos ou improváveis.

O relacionamento é muito mais parecido com uma história que se trança pouco a pouco ao longo do tempo e que engloba mil considerações e negociações em que cada um cede e oferece espaços para o outro. Nada de instantâneo, tudo gradualmente construido. Mesmo que a primeira vista agradou não foi ali que nada se consolidou de verdade.


Texto Daqui

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013


Se



"Se, ao final desta existência,
Alguma ansiedade me restar
E conseguir me perturbar;
Se eu me debater aflito
No conflito, na discórdia...

Se ainda ocultar verdades
Para ocultar-me,
Para ofuscar-me com fantasias por mim criadas...

Se restar abatimento e revolta
Pelo que não consegui
Possuir, fazer, dizer e mesmo ser...

Se eu retiver um pouco mais
Do pouco que é necessário
E persistir indiferente ao grande pranto do mundo...
Se algum ressentimento,

Algum ferimento
Impedir-me do imenso alívio
Que é o irrestritamente perdoar,

E, mais ainda,
Se ainda não souber sinceramente orar
Por quem me agrediu e injustiçou...

Se continuar a mediocremente
Denunciar o cisco no olho do outro
Sem conseguir vencer a treva e a trave
Em meu próprio...

Se seguir protestando
Reclamando, contestando,
Exigindo que o mundo mude
Sem qualquer esforço para mudar eu...

Se, indigente da incondicional alegria interior,
Em queixas, ais e lamúrias,
Persistir e buscar consolo, conforto, simpatia
Para a minha ainda imperiosa angústia...

Se, ainda incapaz
para a beatitude das almas santas,
precisar dos prazeres medíocres que o mundo vende...

Se insistir ainda que o mundo silencie
Para que possa embeber-me de silêncio,
Sem saber realizá-lo em mim...

Se minha fortaleza e segurança
São ainda construídas com os materiais
Grosseiros e frágeis
Que o mundo empresta,
E eu neles ainda acredito...

Se, imprudente e cegamente,
Continuar desejando
Adquirir,
Multiplicar,
E reter
Valores, coisas, pessoas, posições, ideologias,
Na ânsia de ser feliz...

Se, ainda presa do grande embuste,
Insistir e persistir iludido
Com a importância que me dou...

Se, ao fim de meus dias,
Continuar
Sem escutar, sem entender, sem atender,
Sem realizar o Cristo, que,
Dentro de mim,
Eu Sou,
Terei me perdido na multidão abortada
Dos perdulários dos divinos talentos,
Os talentos que a Vida
A todos confia,
E serei um fraco a mais,
Um traidor da própria vida,
Da Vida que investe em mim,
Que de mim espera
E que se vê frustrada
Diante de meu fim.

Se tudo isto acontecer
Terei parasitado a Vida
E inutilmente ocupado
O tempo
E o espaço
De Deus.
Terei meramente sido vencido
Pelo fim,
Sem ter atingido a Meta".



(amado mestre Hermógenes)

sábado, 12 de janeiro de 2013

Vem, Presente, vem que eu quero te contemplar, te viver sem te trair com o Passado ou te ignorar ansiando o Futuro. Quero-te assim, como és: PRESENTE!


Bora!


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

E hoje...




... aprenderei a lição que o sofrimento me trouxe... só assim o amor renascerá!


ENTREGO, CONFIO, ACEITO e AGRADEÇO.






AMORTERAPIA



E então a terapia mais eficiente, aliás a única, é aprender a amar.


Amar é a melhor profilaxia: previne os grandes sofrimentos.


Que seja assim!

Karina